Treino nº1 - Particular [Terminado]

Participantes: Aiolia
Género: Treino particular
Dia do Treino: 18/08/12
Hora do Treino: 14 horas

Aiolia tinha montado o seu acampamento à pouco tempo e, como tal, não tinha tido tempo para treinar. Agora que as coisas assentaram e já tinha a sua vida estabilizada, o importante era focar-se em si e nas suas habilidades, de modo a estar preparado para futuras batalhas e também para ser capaz de se proteger. Esse era o seu principal objectivo, por agora.

Com apenas a sua mochila às costas, Aiolia dirigiu-se para norte do seu acampamento. Tinha decidido que iria treinar na floresta, onde há mais vegetação e mais animais para caçar.
Depois de alguns minutos a andar pelo deserto, Aiolia parou diante das árvores altas que indicavam o início da floresta. Depois de uma olhadela rápida pela imagem que se erguia à sua frente, Aiolia dirigiu-se para a floresta. Depois de alguns passos, ficou rodeado de vegetação. Em alguns lugares era difícil ver o céu, devido às folhas das árvores.
Aiolia caminhava silenciosamente entre os arbustos e as árvores, para o caso de estar alguém por perto. Sabia que estava numa zona segura, no lado oeste da Penísula Ibérica, onde apenas se encontravam criaturas como ele. No entanto, outras criaturas podiam estar por ali e não queria que ninguém o incomodasse. Tinha de se concentrar ao máximo no treino e naquilo que queria, e, para isso, o que tinha de fazer agora era arranjar um bom local para treinar.

Não foi preciso andar muito mais para encontrar um local razoavelmente bom. Agradava-lhe a ideia de estar perto de uma pequena nascente e não haver muita vegetação naquele local. Havia apenas algumas árvores e era pouca a vegetação junto ao solo.
Tirou a mochila e colocou-a junto a uma árvore. Abriu-a para rever o que continha: um cantil e um mapa simples da região. Achava que a mochila estava demasiado vazia, mas não precisava de mais nada naquele momento. Tinha o essencial.
Voltou a fechar a mochila e dirigiu-se para o meio daquela zona que lhe fazia lembrar uma clareira.

Aiolia tinha a noção das suas capacidades. Sabia algumas técnicas básicas de luta de corpo a corpo e conseguia manejar armas de forma amadora. Porém, naquele momento, não possuía qualquer arma, por isso tinha de se basear na luta de corpo a corpo. Aiolia também sabia que conseguia voar, mas isso ainda lhe desgastava muito o corpo e perdia muita energia ao fazê-lo. Tinha decidido voar apenas quando fosse essencial e não para usar como meio de transporte, por exemplo. A arte de voar era mais uma coisa que tinha de melhorar. Aiolia tinha ainda uma coisa própria do seu ser. Por ser um Anjo Guerreiro era capaz de lançar raios de luz, mas isso também lhe tirava bastante energia.
Por agora, o melhor era treinar a luta de corpo a corpo e fazer um plano de treinos rígidos e árduos. O primeiro treino seria apenas de luta corpo a corpo. O segundo seria para treinar a sua arte de voo e a luta com espadas e voltar a praticar a luta de corpo a corpo. Por fim, os restantes treinos seriam para introduzir a prática e aperfeiçoamento dos lançamentos de raios de luz e para praticar tudo novamente.

Era o primeiro treino e a prática da luta de corpo a corpo começava ali!

Aiolia estava pensativo. Tinha de pensar na melhor maneira de treinar para render o máximo possível e para o aproveitamento ser o melhor.
Aiolia olhou para a palma das suas mãos. Tinha 1.85 metros, 85 kg e as mãos grossas. Podia treinar o impacto dos seus murros no tronco de uma árvore. Podia se magoar um pouco, mas era a melhor maneira de treinar a força dos seus socos. O mesmo serviria para os pontapés.
Quando mais praticasse, com mais força estes sairiam. Desse modo, também era possível treinar vários tipos de socos e pontapés e os respectivos gestos técnicos.
Aiolia começou por tirar a camisola que trazia vestida por causa do calor e para não ficar mais pesado quando a camisola se encontrasse cheia de suor.
Mandou a camisola para cima da mochila e avançou para uma árvore não tal alta como as restantes. Parou um passo à frente do tronco e começou a fazer os gestos dos socos. À medida que o tempo passava e os socos se tornavam mais intensos, Aiolia começou a alternar entre socos e pontapés.
As suas mãos estavam vermelhíssimas e com vários arranhões quando parou. Levantou as mangas das calças do fato-de-treino já gastas e observou as suas canelas. Era mais fácil dar pontapés com mais potência e agora que se tinha apercebido que estava a sangrar da perna direita, achou que tinha exagerado.
O seu cabelo loiro pingava suor quando Aiolia chegou à margem do rio para limpar o sangue e se refrescar. Depois de uns goles no cantil e de estar novamente preparado, Aiolia colocou-se novamente em posição e começou a praticar os gestos dos socos e pontapés. Sabia que para potenciar o poder dos seus movimentos, os seus gestos teriam de ser perfeitos. Sabia que estava longe disso, mas tinha de continuar a treinar.
Para se lutar bem também é preciso ter um corpo suficientemente forte e, ao mesmo tempo, ágil. A hora seguinte foi passada a fazer abdominais, flexões e dorsais. Infelizmente, não havia nenhum ginásio na zona Oeste e, por isso, as criaturas tinham de fazer os seus próprios exercícios.
Aiolia meteu a camisola no chão e colocou o seu tronco em cima dela, pondo-se de barriga para cima. Começou por fazer 4 séries de 45 abdominais, alternadas com séries de 25 flexões e 50 dorsais. Quando acabou, estava estafado. Bebeu a água que lhe restava no cantil e decidiu descansar por algum tempo. Deitou-se na relva e tentou lembrar-se de alguns truques e movimentos que podia usar na luta de corpo a corpo. Aiolia pensava que o treino físico não era suficiente. Para ele, a destreza mental também era extremamente importante. Numa batalha tem de se pensar rapidamente no que se vai fazer, no que o seu oponente vai e pode fazer e nas consequências das suas acções.
Depois de recuperar algumas forças, Aiolia começou por adoptar posições de combate e tentar exercer alguns truques de luta de corpo a corpo.
Por fim, foi à procura de ramos de árvore que pesassem alguns quilos. Depois de encontrar dois, passou algum tempo a fazer levantamentos com os braços.Parou quando as forças se esgotaram e não o deixaram continuar.
Ofegante e cansado, esgueirou-se para o rio para beber água, antes de tomar um banho rápido. Aproveitou para encher o cantil. Vestiu a camisola, meteu a mochila às costas e retomou o caminho até ao acampamento. Estava cansado, mas contente com o seu esforço e dedicação.